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13/12/2012

Quem quer emprego na Nova Base?

- Tem que se sujeitar a estas figuras, na "Academy" uma espécie de recruta ... sem garantia de emprego:

 















Note-se que estas "praxes" são feitas não num ambiente livre e voluntário, mas sim no contexto da competição por um emprego.

 É a nova filosofia neo-liberal em todo o seu esplendor, segundo os próprios:

  «Novabase Academy é um programa de investimento no talento que se inicia com um período de formação intensivo. Todos os anos, é divulgado nas universidades e institutos de prestígio, para seleccionar e treinar uma nova geração de colaboradores da Novabase.»

 Repare-se que agora os trabalhadores já não trabalham, colaboram... no final do mês recebem Custo laboral unitário e não salário.

Admirável mundo novo este em que não há respeito pelo indivíduo. Se eles se orgulham e publicitam este seu processo de recrutamento, como será o dia a dia nesta empresa?

08/10/2012

Uma gestão pouco Mansa

«Os vivos dormem com os mortos no hospital da Guarda

Motoristas que transportavam mortos a partir das 20 horas deixaram de receber horas extras. Morgue fica situada apenas a 100 metros da unidade hospitalar.

Quem morrer no hospital da Guarda a partir das 20 horas fica na enfermaria até de manhã. Com os vivos. Os motoristas que levavam os cadáveres à morgue deixaram de receber horas extras.

A situação insólita, resultante de uma decisão tomada pela Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, foi comunicada aos seis motoristas há cerca de dois meses. Desde então, estes profissionais deixaram de receber os suplementos noturnos até aí auferidos.

A medida terá sido justificada com a necessidade de reduzir custos e terá um impacto nas contas de algumas centenas de euros mensais. "Como se fosse esse dinheiro a dar cabo do orçamento", reconheceu, ao JN, fonte hospitalar.»

IN: JN

01/10/2012

Carlos "Nostradamus" Carvalhas - Discurso de 1997

«Esta interpelação do PCP ao Governo, centrada na moeda única, realiza-se num
momento em que grandes movimentações de trabalhadores se intensificam na generalidade
dos países da União Europeia com o apoio e a compreensão das populações confirmando
que a política de austeridade levada a cabo em toda a Europa comunitária, em
nome da moeda única, se confronta com uma crescente oposição social. Na Alemanha,
na França, na Bélgica, na Grécia, em Espanha ou em Itália, como também em Portugal.

O que fundamenta a oportunidade desta interpelação é que é
num momento em que a opinião pública menos crê, mais questiona
e mais duvida das alegadas virtudes de uma moeda única fundada
nos critérios e orientações de Maastricht, que o Governo
português mais quer acelerar a marcha silenciosa e forçada, na
prática habitual dos factos consumados, de modo a submeter o
País às decisões monetaristas e neoliberais e a aprisioná-lo
no quadro da "gangrena" da moeda única, a partir de 1
de Janeiro de 1999.

Por isso nós acusamos o Primeiro-Ministro e o Governo de, em nome dos critérios
de Maastricht e da participação no núcleo duro da moeda única, prosseguirem
e aprofundarem uma política que trava e funciona contra o crescimento económico,
o investimento e o emprego no nosso País.

Acusamos o Primeiro-Ministro e o Governo de conduzirem uma
política económica subjugada pela prioridade absoluta da moeda
única que se traduz numa política de regressão social, de
aumento do desemprego e na eliminação de direitos duramente
conquistados pelos trabalhadores ao longo de muitas dezenas de
anos.

Acusamos o Primeiro-Ministro e o Governo de com a sua fé cega
nos dogmas de Maastricht e da participação na moeda única
espoliarem o País do poder soberano de utilizar os instrumentos
monetário e orçamental para enfrentar situações de crise,
impondo assim que todos os custos recaiam inevitavelmente sobre
os trabalhadores, através do aumento do desemprego e do
congelamento ou reduções salariais; sobre os reformados e sobre
muitos e muitos pequenos e médios empresários.

Acusamos o Primeiro-Ministro e o Governo de, através da moeda
única, pretenderem amarrar Portugal a uma evolução federalista
da União Europeia, sem que para tal tenham mandato dos
portugueses.

E acusamos o Primeiro-Ministro e o Governo de, pela recusa de
um referendo sobre a moeda única e sobre o Tratado da União
Europeia, se concertarem com a direcção do PSD para
deliberadamente manterem os cidadãos à margem de uma decisão
que, indisfarçavelmente, afectará profundamente o futuro dos
portugueses e do País. Aliás não constando sequer do Tratado
da União Europeia o Governo aceitou há poucos meses o chamado
"Pacto de estabilidade" que prevê sanções que
poderão ser muito lesivas para o nosso país que tem uma
economia frágil, sem qualquer debate prévio e sem qualquer
mandato do povo português. Um "Pacto" imposto pela
Alemanha que subserviente e levianamente o Governo assinou em
nome dos portugueses e de Portugal.

E quando se questiona o Governo sobre as consequências para o
nosso aparelho produtivo, para as pequenas e médias empresas
não exportadoras, ou sobre quem vai pagar os custos operativos
da introdução do "Euro", cada Banco, ou mesmo no
pequeno comércio a resposta é inevitavelmente a mesma: não há
outro caminho, não há outra solução.

Depois quando o desemprego explodir e ele já é bem superior
ao que as manobras estatísticas revelam, então lá teremos as
desculpas dos constrangimentos externos...

Estas acusações senhores Deputados, consubstanciam os
motivos fulcrais desta interpelação do PCP ao Governo do eng.
António Guterres e do Partido Socialista.

Importa, e exige-se, que durante este debate o
Primeiro-Ministro e o Governo interpelados respondam às nossas
acusações e às nossas interrogações e propostas com a mesma
seriedade e sentido de responsabilidade com que as formulamos
nesta interpelação.

A perspectiva de passagem à moeda única não é nem pode ser, uma questão exclusivamente
para especialistas, como pretende o Governo português.

Pelo seu significado e implicações, ela tem de ser colocada
à apreciação e submetida ao juízo da opinião pública.

Esta é uma questão democraticamente incontornável.

A política para a moeda única tornou-se uma fonte de
interrogações, de inquietações para um número crescente de
portugueses que cada vez mais, e bem, estabelecem uma relação
directa entre tal opção com a sua vida quotidiana e reivindicam
o direito democrático de serem informados em debate
contraditório e de serem consultados.

Relevando do estrito respeito da democracia, não é possível
fazer desaparecer a moeda nacional, com todas as suas
consequências políticas, económicas e sociais, sem que sobre
isso previamente seja consultado o Povo português.

Continuando a recusar a possibilidade de um referendo sobre a
questão central da União Europeia, sobre a Moeda Única, a
posição do Governo, do PS e do PSD abrindo as portas à
possibilidade de um referendo sobre matérias vagas e laterais
decorrentes da revisão do Tratado não passa de uma desajeitada
manobra de diversão, de um autêntico
"referendo-ficção".

A verdade é que o Governo do eng. Guterres e o PS, irmanados
com o PSD, decidiram desde o princípio que o País tem de querer
a moeda única e o Tratado de Maastricht. E é a esse querer
unilateral e autoritário que o eng. Guterres e o Governo
apelidam de "desígnio nacional".

O que está justamente por apurar é a existência e a
dimensão de um consenso dos portugueses sobre esse dito
"desígnio".

Porque se há alguma coisa evidente nesta matéria é que a
moeda única e o Tratado da União Europeia não são consensuais
na sociedade portuguesa, e é crescente a angústia, a
indignação e a preocupação dos que têm um vínculo
precário, dos desempregados, dos trabalhadores e de muitos
empresários que querem ser cabalmente esclarecidos e que querem
pronunciarem-se sobre a matéria.

Porque é um facto que, para além daqueles que, como o PCP,
se opõem clara e frontalmente aos critérios de Maastricht, à
Moeda Única e a esta "União Europeia", há igualmente
muitos portugueses que colocam justificadas reservas ao
voluntarismo e ao artificial impulso federalista que mora em
Maastricht e assenta as suas bases na moeda única.

O referendo é uma condição do esclarecimento popular e de
ponderação nacional sobre o significado e as consequências de
tal escolha.

Só a campanha do referendo poderá proporcionar o debate
contraditório, generalizado e esclarecedor que é
indispensável. E o interesse em participar na decisão levará a
generalidade dos cidadãos a interessar-se pelo assunto e a
decidir em consciência sobre uma opção tão decisiva para o
futuro de Portugal.

As grandes decisões que, como esta, afectam profundamente o
curso histórico do nosso País, carecem indubitavelmente de uma
legitimação democrática qualificada.

Mas para matéria tão decisiva o tão celebrado «diálogo»
já não faz parte dos atributos do Governo. Temos sim o diktat
do "Pensamento Único" e dos compromissos do governo
PS. É caso para perguntar: de que tem medo o PS? Que razões
existem para tão grande falta de autoconfiança nas virtudes
desse paraíso anunciado que vos leva a proibir, nos termos
constitucionais, que o povo português seja chamado, por
referendo - como o PCP propõe - a pronunciar-se sobre a moeda
única? Se só temos vantagens com o "euro", se tudo é
"cor de rosa", e "oásis" porquê ter medo
que seja o povo a decidir?

Argumenta o Sr. Primeiro-Ministro com os mercados que
fustigariam o escudo! Bela desculpa. Os mercados, Sr.
Primeiro-Ministro, não são entidades abstractas, têm rosto,
são os Bancos, é o capital financeiro. Têm rosto mas não têm
certidão de eleitor. Ou será que o governo PS entende que os
mercados devem decidir pelo povo português? Pela nossa parte
rejeitamos a teologia economicista que confia aos
"mercados" o Governo de Portugal.

Nenhum governo tem legitimidade ou está mandatado para
suprimir a moeda nacional e substituí-la por uma moeda única da
União Europeia imposta pelos interesses do eixo franco-alemão.

O Governo e o PS (tal como o PSD) não querem o referendo
porque não querem o debate, e não querem o debate porque têm
receio de que a sua propaganda seja contestada, porque sabem que
aquilo que apregoam a favor do euro é uma mistificação, porque
o seu diálogo, é um diálogo de sentido único, só para
falarem mas não para ouvirem, e muito menos para considerarem o
que ouvem.

Porque o PS (e o PSD) sabe que a moeda única e o caminho
seguido põe em causa e subalterniza o princípio da
"coesão económica e social", tem pés de barro e os
ditos critérios não têm qualquer fundamento económico ou
científico.

É um caminho para mais desemprego e sub-emprego, que
fragiliza e põe em causa o aparelho produtivo nacional e o
futuro soberano e democrático de Portugal.

A moeda única fragiliza e põe em causa o aparelho produtivo nacional.

É ou não verdade que a moeda única, um euro feito, como é
inevitável, à imagem e semelhança do marco, super valorizado
em relação ao curso normal do escudo, vai tornar ainda mais
difícil a competitividade dos produtos portugueses nos mercados
europeu e mundial quando confrontados com os nossos principais
concorrentes, os países fora da zona do euro, os países
asiáticos, os países do continente americano, com as suas
moedas e taxas de câmbio próprias?

No mercado comunitário, incluindo no mercado nacional, face
à menor eficiência da nossa economia, os produtos portugueses
ou aparecerão mais caros e as empresas terão dificuldades
acrescidas na venda, ou terão preços semelhantes aos de outros
países comunitários e as empresas portuguesas venderão com
margens cada vez menores ou mais certamente pela redução
relativa dos salários.

A moeda única é um instrumento de aprofundamento do mercado
único e de desregulamentação das fronteiras. Muitas e muitas
empresas, bem como os agricultores portugueses, que vendem para o
mercado nacional, vão confrontar-se também com a aceleração
das importações feitas com mais baixos custos cambiais e
portanto com uma ainda maior substituição da produção
nacional por produção estrangeira. O encerramento de empresas e
a crise em muitos sectores serão a consequência lógica de tal
processo. Seria por isso de grande interesse que o governo nos
dissesse aqui como é que a economia portuguesa vai aguentar o
duplo choque a que vai estar submetida: o choque da moeda única
e o choque da crescente abertura ditada pela O.M.C.

A moeda única e os critérios de Maastricht são um factor de
aumento do desemprego.

A livre circulação de capitais - facilitada e dinamizada
pela moeda única - em condições de relativa aproximação
média das taxas de juro, vai impulsionar a deslocalização do
dinheiro, dos investimentos, das empresas, para as regiões da
Comunidade Europeia com maiores produtividades e dinamismo
económico.

A vantagem «comparativa» que o Governo do PS se prepara para
oferecer é uma força de trabalho mais barata, com menos
garantias sociais.

Aí virão os apelos e as chantagens sobre os trabalhadores
para políticas ditas de moderação salarial, de aumento da
desregulamentação das relações de trabalho, de mais
precariedade, de maior facilidade de despedimento, de mobilidade
dos trabalhadores, de menor protecção social. E isto num país
onde os lucros das grandes empresas estão em alta e o
investimento em baixa, onde cerca de 50% da mão de obra tem
vínculos precários e onde se mantêm as artimanhas
governamentais para que as 40 horas não sejam cumpridas!

Os casos Renault multiplicar-se-ão debaixo das lágrimas de
crocodilo do eng. Guterres e do Sr. Santer, escondendo que as
Renault são uma consequência inevitável e inerente à
política de austeridade da moeda única. Como afirma o
Relatório final pedido pelo Parlamento Europeu a várias
Universidades europeias, sobre as «Consequências Sociais da
UEM», as «piores consequências da convergência para a UEM
far-se-ão sentir nas regiões menos favorecidas da União
Europeia. A probabilidade de da UEM resultarem consequências
sociais nefastas é maior na Grécia, Itália, Espanha e
Portugal...». É uma evidência que com a liquidação de
empresas e sectores o aumento do desemprego será uma realidade.

Não fomos nós que afirmámos ao J.N. (15.2.97) que
«Empresas vão fechar e existe um risco de um aumento de
desemprego», Victor Constâncio.

A moeda única não vai dar mais voz a Portugal

Bem pelo contrário. A moeda única vai entregar a condução
da política monetária e cambial, da política fiscal e da
política económica ao Banco Central Europeu, omnipotente e
intocável, em cujas decisões executivas dominadas pelo eixo
franco-alemão, Portugal não participa.

Por isso o estarmos no "pelotão da frente" como diz
o PSD ou no centro das decisões como diz o PS - diferenças
semânticas - não passa de milongas e de frases
propagandísticas sem conteúdo concreto.

Como afirma recentemente um relatório do Conselho da Europa,
o «défice democrático que existe no seio da União Europeia
agravar-se-á de maneira intolerável».

Portugal perde um elemento constitutivo da sua soberania
nacional. Como parente pobre e subalterno a voz do país não
terá qualquer peso ou relevo significativo e andará a reboque
dos interesses das grandes potências.

É sabido também que os níveis económicos e monetários
tendem a aumentar o fosso entre as zonas mais desenvolvidas e as
de menor desenvolvimento. A história mostra-nos que para
compensar tal tendência os governos foram obrigados a reforçar
através dos respectivos orçamentos as compensações a essas
regiões. Mas no caso da União Europeia como é sabido, os
países ricos recusam-se a reforçar o Orçamento comunitário e
com o alargamento as pressões negativas ainda vão ser maiores.
Chegou a falar-se de um Fundo para o efeito, mas tal foi
abandonado.

É conhecido também a "blague" de que em qualquer deserto os critérios
de Maastricht são rigorosamente cumpridos pela simples razão de que aí não há
pessoas...

O PS sabe bem que tais critérios assim como a decisão de
entrada no Euro são escolhas políticas que vão ser tomadas por
maioria que é com quem diz pelos grandes!

Veja-se a contabilidade criativa do Eurostat sobre a dívida
pública e a não inclusão dos juros para se abrirem as portas
do "Clube do Euro" a certos países em dificuldades
(Bélgica, Itália..).

Por isso não se pode deixar de ouvir com um sorriso a
declaração enfática do Sr. Primeiro-Ministro, de que Portugal
deixaria entrar a Alemanha no Euro mesmo que este país não
viesse a cumprir os ditos critérios... e desde que tal não
fosse estrutural... Consta que o Chanceler Khool que já não
dormia há três dias por não saber qual seria a decisão do
Eng. Guterres - teve ontem à noite um sono descansado e
repousado! Portugal deixa a Alemanha entrar no Euro e não quer
qualquer adiamento! O ridículo tem limites! Ou será que algum
membro deste ditoso Governo está convencido que havia moeda
única se o senhor Khool mudasse de opinião?

Para o PS do Eng. Guterres - ao contrário de outros partidos
socialistas - não há reservas, nem em relação ao «nó duro»
do Euro, nem a uma «zona alargada» do marco, nem há
preocupações com o "Pacto de estabilidade", nem com a
submissão a um Banco Central feito à medida do Bundesbank!

Ao contrário do que se quer fazer crer há outros caminhos.
É possível uma outra construção europeia de paz e
cooperação, de co-desenvolvimento, que faça do princípio da
coesão económica e social o seu primeiro objectivo, que ponha
em primeiro lugar o emprego e a convergência real das economias
e não a convergência nominal. Uma Europa plural que ataque um
dos seus mais graves problemas; o desemprego, o que passa por uma
verdadeira cooperação monetária, pelo reforço do Orçamento
Comunitário, pelo financiamento de projectos comuns, pelo
aproveitamento dos recursos de cada país e pela solidariedade
recíproca. Uma Europa social, harmonizando por cima em vez de
nivelar por baixo ou pelo nível dos países do Terceiro Mundo as
conquistas sociais.

A moeda única não é um projecto de cooperação Europeia, não é um projecto para
o desenvolvimento das economias mais periféricas, e da economia portuguesa em
particular.

A moeda única não é um projecto para mais e melhor emprego.

A moeda única é um projecto ao serviço de um directório de
grande potências e de consolidação do poder de grandes
transnacionais na guerra com as transnacionais e as economias
americanas e asiáticas, por uma nova divisão internacional do
trabalho e pela partilha dos mercados mundiais.

A moeda única é um projecto político que conduzirá a
choques e a pressões a favor da construção de uma Europa
federal, ao congelamento de salários, à liquidação de
direitos, ao desmantelamento da segurança social e à
desresponsabilização crescente das funções sociais do
Estado...

O Primeiro-Ministro vai procurando enfeitar o seu febril fundamentalismo pela
Moeda Única, pela Europa política, económica e monetária, com a referência vaga
a uma dita Europa social.

Mas a Europa social que os trabalhadores e o povo português reclamam não pode
resumir-se a meras frases vazias de conteúdo, nem à concepção de uma Europa
social "complementar" e de disfarce da Europa comandada pelo capital
financeiro em que o "social" apenas visa favorecer uma certa resignação
dos trabalhadores à pretensa inevitabilidade da baixa dos custos do trabalho.

Essa concepção instrumental, subordinada e propagandística
do "social" na Europa da moeda única é, aliás,
perfeitamente comprovada com o facto de a menção do emprego
como princípio de valor equivalente à estabilidade monetária
ter sido rejeitada pelos governos dos quinze na Conferência
Inter- Governamental. Ou como, mais cruamente, a pôs a nú o
presidente do Bundesbank ao afirmar que "com a moeda única,
o airbag social será suprimido".

"A coesão económica e social" deve ser o objectivo
central de qualquer integração europeia e não uma vulgar
opção que se junta em último lugar para tornar o todo
publicamente apresentável. De nada representaria amanhã uma
gota de "social" no oceano do desemprego, da pobreza,
da desregulamentação, da flexibilidade, da liquidação de
direitos e do tudo à economia de casino que é o que representa
a Europa da moeda única.

É a própria lógica da actual construção europeia que
está em questão.

Esperamos que neste debate o bom senso, a reflexão e a
ponderação, triunfem sobre a propaganda, os dogmas do
neoliberalismo e a arrogância do "Pensamento Único".

Esperamos que a arrogância e a política dos factos
consumados cedam perante a exigência popular da realização de
um referendo sobre a opção de aderir à moeda única. Portugal
precisa de uma mudança, de rumo na sua política económica e
social.»

Fonte: 

28/09/2012

Coficab reforça vendas e cria 50 novos empregos na Guarda

«Cerca de 90% da facturação, de 168 milhões de euros em 2011, segue para os mercados externos.

A Coficab Portugal - subsidiária instalada na cidade da Guarda do grupo tunisino Coficab - reforçou a sua componente exportadora para os 90% do total da facturação (de 168 milhões de euros no final de 2011), tendo-se visto forçada a aumentar a sua capacidade de produção.

Para isso tem em execução um projecto de investimento da ordem dos 12 milhões de euros - que prevê a aquisição de novas instalações e a instalação de três novas linha de produção de cabos para os sectores automóvel e do transporte de energia. O director-geral da operação portuguesa da Coficab, João Pires, disse ao Diário Económico que "com este investimento vamos avançar com um quarto turno de trabalho, pelo que, a breve prazo, iremos criar cerca de 50 novos postos de trabalho", numa unidade que já emprega 270 colaboradores.

Apesar de a Guarda ser uma cidade do interior em crescente desertificação, "não vamos ter qualquer dificuldade em encontrar colaboradores porque ainda há muitas pessoas especializadas disponíveis, depois do fecho da Delphi da Guarda".»

In: Diário Económico

24/09/2012

Explicado o "Milagre" Exportações

«Quase dez por cento do crescimento das exportações de mercadorias este ano resultam da venda de ouro, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). 

 Nos primeiros sete meses de 2012, Portugal exportou 26.914 milhões de euros em bens. Este valor é superior em 2.193 milhões ao que se registou no mesmo período do ano passado (subida de 8,9 por cento; valores nominais). Ora, nos primeiros sete meses de 2012, as exportações de ouro portuguesas ascenderam a 455,9 milhões de euros. Comparando com o mesmo período de 2011, Portugal vendeu mais 201 milhões de euros em ouro, um crescimento superior a 75 por cento. Ou seja, do aumento de 2.193 milhões de euros nas exportações portuguesas, quase um décimo (9,1 por cento) deve-se ao crescimento das vendas de ouro.

 As estatísticas do INE mostram que as exportações de ouro dispararam a partir de 2008. Até esse ano, o valor do ouro não-monetário vendido por Portugal ficava abaixo dos dez milhões de euros. Em 2008, esse valor disparou para 33,4 milhões. No ano seguinte, chegou-se aos 102 milhões. Se a tendência de crescimento dos primeiros sete meses deste ano se mantiver, em 2012 as exportações de ouro vão ascender a 800 milhões de euros. Parte deste crescimento é explicável pela subida na cotação do ouro.

Segundo números do Banco de Portugal, o preço do ouro nos mercados internacionais quintuplicou nos últimos dez anos. Porém, apesar de significativo, este aumento só justifica uma pequena fatia do crescimento explosivo das exportações portuguesas de ouro nos últimos quatro anos. A maior parte do crescimento foi mesmo em volume, não em preço. Exportações de ouro Ano Valor (milhões de euros) 2012 (até julho) 445,9 2011 519,4 2010 216,4 2009 102,1 2008 33,4 2007 6,9 2006 8,5 2005 1,4 2004 1,9 2003 2,3 2002 4,5 2001 5,6 2000 9,3 Fonte: Instituto Nacional de Estatística
In LUSA, PGR.»

Quanto do restante crescimento das exportações, não é meramente venda de bens penhoráveis, transferências de maquinaria e tecnologia paradas por efeito da desindustrialização?

03/09/2012

Alunos passam fome na Guarda


(Noticia Correio da Manhã)

«Felisberto Costa, que garante ao CM já ter alertado as autoridades de São Tomé e Príncipe em Portugal, revela que estas situações de pobreza extrema "são consequência do corte das bolsas de estudos a alunos emigrantes".

"Este ano foi um inferno, assim vou embora", desabafa Ludimara Almeida, aluna da Escola Profissional de Gouveia. A jovem, de 22 anos, partilha o pensamento de muitos são-tomenses que vieram para Portugal ao abrigo de bolsas de estudo pagas pelo governo local. Mas o dinheiro "chega tarde e só dá para pagar as rendas e as contas em atraso".

Os casos de fome nesta comunidade estudantil são recorrentes. "Soube de colegas que foram buscar comida a caixotes do lixo", adianta. "Em vez de duas refeições, faz-se uma, mas tem de chegar para todos", conta Ildecino Amaral, de 28 anos. Alguns alunos têm comido com a ajuda da Cáritas da Guarda.»


in:
Alunos passam fome na Guarda

30/08/2012

Alunos São-Tomenses em dificuldades na Guarda

Numa carta dirigida ao Ministério da Educação e Cultura de São Tomé e Príncipe, a associação de estudantes dos PALOP denuncia a grave situação por que passam os alunos São-Tomenses a estudar na região da Guarda:

Carta Para o Ministro DAIO

São pois situações muito graves aquelas descritas no documento supra-citado e às quais São Tomé e Príncipe parece não poder responder.

Cabe-nos pois  a nós demonstrar solidariedade por outros seres humanos que passam dificuldades extremas no seio da nossa comunidade.

Fonte: http://www.telanon.info/sociedade/2012/08/28/11204/associacao-dos-estudantes-dos-palop-escreveu-carta-para-o-ministro-da-educacao-olinto-daio/

17/08/2012

34 Mineiros Fuzilados - Capitalismo sanguinário

Ontem (16 de ago. de 2012) a polícia Sul-Africana fuzilou  à queima-roupa 34 mineiros.



O crime? - uma manifestação por melhores salários. O dono da mina de platina já veio pedir desculpas pelo atraso na produção, causado pelas manifestações ...

UBI humilha alunos com dificuldades económicas

Já não bastava o drama socio-económico que o país atravessa no momento presente, agora são as próprias instituições universitárias que vêm humilhar os alunos com problemas financeiros através da publicação e publicitação de listas dos "caloteiros" que por qualquer motivo não conseguem pagar as propinas...

A educação é cada vez mais uma coisa de ricos. Os demais podem bem tentar, mas correm o risco de ser enxovalhados em praça pública e posteriormente verem-se expulsos das instituições de ensino, por terem cometido o grave crime de não terem dinheiro.

Até os piores criminosos têm direito a julgamento justo, mas em Portugal ser abertamente pobre é crime sem direito a de defesa ou segunda oportunidade.

FONTE:
http://www.guarda.pt/noticias/sociedade/Paginas/ubi-afixa-lista-de-alunos-devedores.aspx

08/07/2012

Mineiros espanhois em Luta !



«La localidad leonesa de Ciñera se ha convertido durante las últimas semanas en el escenario de una auténtica batalla que no cesa. En sus calles se han vivido algunas de las jornadas más duras del conflicto minero y esto se refleja en la «tensión» que se respira en el ambiente y en la «angustia y el miedo» que aseguran sentir sus vecinos. Los cortes de tráfico en la N-630, que une la provincia leonesa con Asturias, y en las vías del tren, que discurren de forma paralela a la carretera, se han convertido en una imagen habitual en este pequeño pueblo, que se ha transformado en la trinchera perfecta para las escaramuzas que protagonizan los mineros en sus ya habituales e «intentos» enfrentamientos con la Guardia Civil. Allí se sienten como en casa y tienen a «mano» la posibilidad de «retener» a los conductores y trenes sin apenas esfuerzo. Además, la paticular situación del municipio, situado entre montañas y laderas, les facilita una posible huida.(...)



Pese a estar hartos del «cansancio» que supone una lucha «constante», los vecinos están de parte de los mineros y les expresan «todo» su apoyo para que lleguen «hasta el final» en su defensa del sector del carbón. Los mensajes de ánimo se pueden ver en las camisetas de los ciudadanos -las utilizan no sólo para las protestas, sino también en su vida cotidiana- y en las pancartas que cuelgan casi de cada balcón y de cada ventana de la localidad.»


In: www.abc.es (07/07/2012)


04/07/2012

«The World Tomorrow» de Julian Assange - completo

Os midia portugueses não têm dado cobertura ao novos desenvolvimentos na perseguição movida a Julian Assange, nem tão pouco ao seu recente pedido de exílio.

Aqui vos deixo um conjunto de interessantes entrevistas que efectuou a alguns dos líderes mais controversos da actualidade:





















27/06/2012

Há Dúvidas sobre o diploma do Relvas

«Miguel Relvas não revela o seu percurso académico


Várias consultas aos documentos existentes publicamente não permitiram descobrir a forma como o ministro mais polémico de Passos Coelho tirou a licenciatura.



Em que universidades estudou? Que cursos frequentou? Com que média tirou a licenciatura? Teve equivalências em algumas cadeiras universitárias? Perguntas que, ao fim de uma semana, permanecem ser resposta, apesar dos esforços desenvolvidos pelo “O Crime” para as tentar obter. O ministro simplesmente escondeu as suas habilitações académicas e tudo que se conseguiu descobrir foi uma série de factos mal explicados no percurso académico do ministro, a fazer lembrar a polémica gerada em torno da licenciatura do engenheiro José Sócrates, ex-primeiro-ministro de Portugal.

Os dados constantes na conhecida Wikipédia, um site onde são disponibilizados os perfis de inúmeras figuras públicas e de actualização permanente, embora não seja totalmente fiável, dizem que Miguel Fernando Cassola de Miranda Relvas nasceu em Lisboa em 1961, tendo vivido em Angola até 1974. De novo em Portugal, frequentou o Colégio Nun’Álvares, em Tomar, e a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, acabando por se licenciar em Ciência Política e Relações Internacionais em 2007, na Universidade Lusófona.

Na biografia que é apresentada no site do Governo, não é feita qualquer alusão à formação académica de Miguel Relvas e no seu perfil na Assembleia da República apenas se refere que é licenciado em Ciência Política e Relações Internacionais pela Universidade Lusófona.

Direito?

Recuando ao ano de 1987 e à ficha então preenchida, ainda de forma manuscrita na Assembleia da República, é possível descobrir que Miguel Relvas disse ter o 2° Ano de Direito, mas não se refere em que universidade os frequentou. Como na Wikipedia se refere a Faculdade de Direito de Lisboa e tratando-se de uma figura pública, sendo plausível que o ministro tenha assessores atentos à sua imagem e às informações que são tomadas públicas — o próprio ministro pode corrigir as informações naquele site — “o Crime” tentou saber qual o percurso académico de Relvas naquele estabelecimento de ensino. A resposta daquela faculdade foi lacónica: “Vimos a informar que não se encontra, nos arquivos académicos da Reitoria e da Faculdade de Direito, qualquer processo académico em nome de Miguel Fernando Cassola de Miranda Relvas.”

Face a isto, só havia uma solução, pedir ao ministro informações sobre o seu percurso académico. Porém, apesar de vários e-mails enviados na passada e nesta semana e dos inúmeros telefonemas para o seu assessor, António Valle - só um foi atendido -, que prometeu fornecer tais dados na tarde de sexta-feira, ou na manhã da passada segunda-feira, a verdade é que não foi dada qualquer informação. O ministro ou o seu assessor (ou ambos) esconderam clara e deliberadamente o percurso académico do governante que, como titular de um cargo público, está abrangido pela denominada “lei da transparência”.

Apesar da pouca colaboração de Miguel Relvas, que teve muitos minutos para nos dar uma resposta e não o fez, “o Crime apurou que o ministro esteve matriculado num curso de Direito na Universidade Lusíada, no ano lectivo de 1984/85. No ano seguinte, não terá gostado do curso, e mudou para História. O seu nome só voltou a ser notado na Lusíada em 1995/96, quando se inscreveu no curso de Relações Internacionais.
Perante este percurso, ficam por explicar os dois anos de Direito que disse ter em 1987 quando fez parte da X Legislatura, num dos governos de Cavaco Silva. Importava saber quando é que o ministro se inscreveu na Universidade Lusófona, mas deste estabelecimento de ensino e após cinco dias, apenas se conseguiu obter a seguinte informação: “Em resposta ao pedido de documentos relativos ao ex-aluno desta Universidade, Sr. Dr. Miguel Relvas, vimos comunicar que já demos seguimento ao pedido, estando a ser cumpridas as exigências legais aplicáveis, nomeadamente as impostas pela Lei n° 46/2007, de 24 de Agosto. Logo que possível entraremos de novo em contacto.”

Segundo o jornal “O Mirante” divulgou numa crónica alusiva à licenciatura, na Lusófona, do ministro, que concorre pelo círculo de Santarém, “Miguel Relvas era acusado por alguns detratores de nunca ter trabalhado na vida, nem sequer como estudante, e também diziam que se sentia deprimido quando o tratavam por Dr. sem que ele o fosse realmente”. Em Portugal quem não tiver uma licenciatura não pode ocupar os mais altos cargos da administração pública.»



IN: «O Crime» - quinta-feira, 07-06-2012 

26/06/2012

23/05/2012

UBI apurada para o mundial de Pontes de Esparguete

«Uma equipa do Departamento de Engenharia Electromecânica vai representar a Universidade da Beira Interior (UBI) no CampeonatoMundial de Construção de Pontes de Esparguete.

A prova, que visa testar o talento dos estudantes, vai decorrer esta sexta-feira, dia 25 de maio, sexta-feira, na Óbuda University, em Budapeste, Hungria.
»

Fonte: Agência Lusa

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11/05/2012

Guarda Truck Center

«A Câmara Municipal da Guarda prevê lançar, no último trimestre deste ano, o concurso público internacional para criação de uma Área de Apoio (com a designação técnica de Truck Center Guarda) para a Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial (PLIE).


Vítor Santos, vereador responsável pelo Pelouro das Actividades Económicas, referiu ao Jornal A Guarda que o projecto de arquitectura está elaborado e a autarquia aguarda pelas especialidades, que deverão ser entregues em Maio, para depois proceder ao lançamento do concurso internacional para realização e exploração do espaço. “O projecto é aquele que nós damos aos concorrentes, é um projecto de chave na mão”, referiu o autarca, considerando tratar-se de um “projecto âncora para a consolidação” da PLIE.

O perímetro de intervenção do Truck Center Guarda é de 26.700 metros quadrados e a área de construção de 2.100 metros quadrados. O projecto contempla a construção de um posto de abastecimento de combustíveis (edifício de apoio, loja de conveniência, escritório, armazém, instalações sanitárias, snack-bar, restauração, ilhas de abastecimento de combustíveis, parqueamento de “MOBI-E” e fornecimento de energia a veículos eléctricos, estacionamento para clientes, etc.), lavagem de viaturas (edifício com máquina de lavar veículos pesados, jet-wash em regime de self-service com duas boxes de lavagem e zona de aspiração com dois aspiradores), oficina de serviços rápidos, edifício de pernoita de motoristas e estacionamento público (66 lugares de estacionamento para veículos pesados, 8 lugares para veículos pesados com protecção anti-furto, 10 lugares de estacionamento para pesados de transporte de matérias perigosas e cerca de 70 lugares para veículos ligeiros).

O vereador Vítor Santos também indicou que o Departamento de Planeamento, Urbanismo e Obras da autarquia está, neste momento, a executar o projecto de arquitectura do futuro Centro Tecnológico e Logístico da Guarda.
O edifício vai ter uma área destinada a incubadora de empresas, outra de apoio à gestão da PLIE, auditório e serviços de apoio. Explicou que o projecto será executado pela própria Câmara Municipal e que “a previsão é ser candidatado, posteriormente, a um programa específico ou enquadrável, dentro de uma candidatura”.
“Até final do ano pensamos ter o projecto completo e com custos indexados”, vaticina o responsável pelo Pelouro das Actividades Económicas.

Ainda de acordo com Vítor Santos, neste momento, estão instaladas 20 empresas na PLIE, que operam em diferentes áreas da logística, construção civil e obras públicas, produtos de higiene e agrícolas, energias renováveis, reciclagem de papel, projectos florestais, fabrico e reparação de peças e componentes metálicos, entre outros.
Recorde-se que a PLIE, localizada na zona da Gata, nas proximidades da cidade da Guarda, disponibiliza um total de 196 lotes e está inserida na Rede Nacional de Plataformas Logísticas, contemplando áreas de transportes/logística, localização empresarial, inovação tecnológica e de apoio e serviços.»

In: Jornal a Guarda 3/5/2012

28/04/2012

Há 4 anos atrás...

«Curto prepara candidatura à Câmara da Guarda

Abílio Curto, por agora, diz "nim", mas é um "nim com N grande" Abílio Curto, ex-presidente da Câmara da Guarda, que voltou à ribalta com a recente polémica das obras de José Sócrates no concelho, está a reflectir sobre uma recandidatura à autarquia que governou durante 19 anos. Tem estado a realizar contactos com militantes do PS juntamente com António Saraiva, seu antigo vereador. A eventual candidatura já é tema de conversa entre os socialistas da Guarda.

"Não estou a ajustar contas políticas nem à espera de uma vaga de fundo para me candidatar", afirmou Abílio Curto num fórum da Rádio Altitude. Mas acrescentou: "Uma candidatura depende de uma reflexão profunda que estou a fazer e para já apenas digo nim, mas um nim com n grande".

Porém, as intenções do ex-autarca não encontram eco nos dois candidatos à concelhia socialista da Guarda, com eleições a 4 de Abril.

Virgílio Bento, que é actualmente vereador do presidente Joaquim Valente, já fez saber que "o actual presidente é o candidato natural do PS". Também Nuno Almeida assegura que "pelo trabalho que tem desenvolvido [Joaquim Valente] é o candidato ideal do PS à câmara".»

in: JN

19/04/2012

Jovens de Nelas encontradas na Guarda

«As duas jovens, de 15 anos, residentes em Nelas e que estavam desaparecidas desde segunda-feira foram ontem à noite (17-04-1979) encontradas na Guarda.

Jéssica Oliveira e Sílvia Branquinho estavam bem de saúde e as autoridades confirmam que as duas jovens terão fugido de casa, afastando-se assim qualquer hipótese de crime na origem do desaparecimento.

Tal como o DN noticou anteriormente, um taxista confirmou à GNR que as transportou até Viseu, ao Palácio do Gelo, na segunda-feira à tarde. Depois disso não se soube para onde foram as estudantes da Escola Secundária de Nelas.»

in DN online, 18-4-2012

01/02/2012

É pra fechar

Fechem a fábrica
Interditem os comboios
Expulsem pobres das auto-estradas
Apodreçam sós esses velhadas;

Emigrem  jovens p'ró estrangeiro
para que não fique semente,
Se ainda  sobrarem uns finais
que morram às portas dos hospitais;

Ajoelhe-se o capacho 
p'ra limpar botins
ao gaulês e à teutona
um  é garnizé a outra  sapatona;

E se isto te parece injusto
podes bem berrar, 
Sem tribunal p'ra reclamar 
quando eu por fim to encerrar.

por: António Leonel (recebido por e-mail)

28/01/2012

Assim é que se promove!

Os montalegresnses estão mais uma vez de parabéns pela forma eficiente como promovem a sua terra e os seus produtos, este vídeo já anda por aí a circular:



E já não é a primeira vez que os transmontanos de Montalegre se evidenciam nos média dando grande visibilidade e benefício à sua terra:



Infelizmente por cá os agentes de promoção da região não têm tido o mesmo sucesso nem conseguido a mesma visibilidade - mesmo quando comparados com uma vilazinha nos confins de Trás-os-Montes.
Por cá engarrafa-se ar - entre outras acções de criatividade e originalidade discutíveis e de impacto nulo na ecónomia regional.

A situação é tanto ou mais chocante quando pensamos que a cultura e os seus agentes deveriam estar ao serviço da promoção da nossa gente e da nossa terra, especialmente nesta altura de crise, desemprego e baixos salários.
Alguns destes agentes são mesmo autenticos priviligiados e deveriam por isso retribuir à sociedade aquilo que dela recebem ...

26/01/2012

Roubam-nos tudo

O município da covilhã decidiu usar o poema «Balada da Neve» escrito na Guarda sobre a Guarda, pelo grande Augusto Gil para se promover junto dos turistas ignorantes...


A coisa é tão grave que o lisboeta comum pensa que o queijo da Serra da Estrela e o cão do mesmo nome, bem como a neve que é característica da nossa alta terra ( Distrito da Guarda, na Beira Alta) têm alguma coisa a ver com Castelo Branco, com a região da Beira BAIXA e com uma sub-região chamada COVA da beira e com povoações com nomes tão elucidativos como COVILHA e FUNDÃO.

16/01/2012

O mentiroso milionário

"EU NEM SOU PSD" - Disse  Catroga, após a recente polémica da sua milionaria nomeação para chairman EDP...

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Acontece que em 2005 no jornal Público vem escrito preto no branco que Catroga é um dos 33 novos militantes do PSD que entraram na era de Marques Mendes...

Mas será que esta gente pensa que somos todos burros, ou que andamos a dormir?!?







Visto originalmente em: www.arrastao.org

07/01/2012

Ideias enfrascadas - actualizado

Há ideias que apesar de estapafúrdias e risíveis têm no entanto a qualidade de chamarem a atenção sobre determinado assunto dada a sua inata originalidade - este parece ser o caso da ideia de engarrafar o ar da Guarda.

Todo o acto de criação  tem o seu mérito subjectivo, e merece respeito pela originalidade e pelo esforço criativo que implica. É precisamente por este facto que existem os direitos de autor - e quando estes são quebrados, a respectiva punição.

Não digo que por vezes não possam existir processos criativos confluentes em tempos diferentes, mas por isso mesmo toda a criação deve implicar alguma pesquisa prévia e referencia bibliográfica se for caso disso.

Isto tudo para simplesmente referir que a ideia original de engarrafar o ar da Guarda aparece pela primeira vez descrita na obra «O ALFA DAS 10:10» do autor José Carlos Moreira segundo relata o mesmo no seu blog.

Não quero pois,  insinuar que tenha existido algum intuito de plagiar a ideia de José Moreira, apenas desejo sublinhar que a ideia não parece ser original.
Refere o autor no supracitado blog:

«Duas estações televisivas davam notícia de que o Teatro Municipal da Guarda (TMG) estaria a comercializar o ar puro da Guarda, em frascos devidamente embalados. Afirmavam que se tratava de uma iniciativa "original".[...]  

Voltemos ao ar engarrafado, ou será melhor dizer enfrascado? A ideia tem duas vertentes, que acabam por entroncar na mesma origem, a saber: a ideia é excelente, mas não é original. Não é original porque é minha, e é excelente pela mesmíssima razão.»

Está pois lançada a polémica ...

------------------------------------- Actualização

Após nova consulta do mesmo site verifiquei que de facto o TMG tinha já efectuado acções do mesmo tipo prévias ao lançamento do livro supracitado.

Com efeito após alguma discussão verificou-se que ambos chegaram à mesma ideia por vias diferentes, a mesma ideia que curiosamente um francês já havia tido no início do século passado, mas nesse caso para engarrafar o ar de Paris.

Percebe-se assim as coincidências: é que nem um nem outro tiveram uma ideia totalmente original...

05/01/2012

Mª do Carmo Borges presidirá Cruz Vermelha da Guarda

«Maria do Carmo Borges, ex-Presidente da Câmara e ex- Governadora Civil do distrito da Guarda, vai ser a nova Presidente da Delegação da Cruz Vermelha da Guarda.

Maria do Carmo Borges, ex-Presidente da Câmara e ex- Governadora Civil do distrito da Guarda, vai ser a nova Presidente da Delegação da Cruz Vermelha da Guarda.

O ainda presidente da instituição, Herculano Martins, não tem dúvidas de que a Cruz Vermelha da cidade, vai ficar em boas mãos. Maria do Carmo Borges é a partir de sexta-feira a nova Presidente da Delegação da Cruz Vermelha da Guarda.

Por motivos de saúde, Herculano Martins decidiu deixar o cargo, que ocupou durante cerca de cinco anos. Sobre a pessoa que o vai substituir, Herculano Martins não citou uma única vez o nome de Maria do Carmo Borges, limitou-se a dizer que, a instituição vai ficar em boas mãos.

Segundo o actual presidente da instituição, a falta de voluntários e de uma sede, tendo em conta que continuam a pagar uma renda mensal, são situações preocupantes, para a Cruz Vermelha da Guarda.»

In: www.rci.pt