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03/06/2011

Arte Reaccionária


Para que os que defendem a arte Moderna/Contemporânea sem conteúdo ou nexo saibam a quem prestam vassalagem e quais as entidades que se movem por detrás do biombo:

(ao lado quadro de Jackson Pollock, um dos "artistas" criados pela CIA)

«... a CIA gastou milhões de dólares financiando organizações culturais e filantrópicas, patrocinando congressos culturais, montando exibições de artes plásticas, espetáculos de teatro, dança e música, subvencionando jornais, revistas e pagando bolsas de estudos e salários de escritores, recrutados como agentes ou atraídos como inocentes úteis. Tudo isso para combater o marxismo, o comunismo, as ideias progressistas, divulgar os valores do "mundo livre", do "american way of life", e camuflar o racismo e as demais políticas agressivas, internas e externas do governo americano.

Era grande a convergência de interesses entre a CIA e a chamada "Esquerda Democrática" da Europa na luta contra o comunismo. Essa estreita colaboração incluía desde operações fura-greves na França, produção de informes sobre militantes `estalinistas` e campanhas de difamação para impedir que artistas de esquerda fossem premiados, como aconteceu com o poeta comunista chileno Pablo Neruda, que disputou o Prêmio Nobel de Literatura em 1964. Neruda só viria a receber esse prêmio em 1971.

Para levar adiante a sua política cultural, a CIA financiou, entre outras, as Fundações Ford e Rockefeller e as publicações anticomunistas Partisan Review, Kenyon Review, New Leader e Encounter. Na lista dos numerosos intelectuais pagos ou promovidos pela Agência estavam nomes famosos como Isaiah Berlin, Hannah Arendt, Irving Kristol, Melvin Lasky, Stephen Spender, Sidney Hook, Daniel Bell, Dwight MacDonald, Robert Lowell, Mary McCarthy. Na Europa, o maior interesse da CIA estava voltado para autores ex-comunistas ou ligados à chamada "Esquerda Democrática", como Ignacio Silone, Stephen Spender, Arthur Koestler (O Zero e o Infinito), Raymond Aron,Anthony Crosland, George Orwell (OTriunfo dos Porcos, 1984).
[...] 
 Um fato curioso exposto no livro de Saunders é o apoio que a CIA e seus aliados no Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA) deram ao expressionismo abstrato de Jackson Pollock e outros, considerado um antídoto à arte de conteúdo social. Nelson Rockefeller, um dos fundadores do MoMA, dizia que o expressionismo abstrato era "a pintura da livre empresa" e os ideólogos da CIA o chamavam de "a verdadeira antítese do realismo socialista". O engraçado é que, com essa tomada de posição, Rockefeller e a CIA compraram uma briga com a ala direita do Congresso Americano, que desprezava o expressionismo abstrato.
[...]
O governo dos Estados Unidos investiu milhões de dólares depois da Segunda Guerra com o objetivo explícito de impor a sua ideologia ao resto do mundo
[...]
A política cultural da CIA durante a Guerra Fria foi, certamente, a cabeça-de-ponte de uma guerra muito mais prolongada, que terminou com o desagregação dos países do bloco socialista do Leste Europeu e a vitória do neoliberalismo.
Agora que o neoliberalismo entrou em crise, os intelectuais deveriam levar em conta essa lição do passado. No mínimo, para não participarem da história como "inocentes úteis" e se preocuparem com as fontes do dinheiro que recebem.Pois, como dizia o filósofo, poeta e líder do povo vietnamita Ho Chi Mihn: quem paga a orquestra, escolhe a música.»


In:
http://geografiaeconjuntura.sites.uol.com.br/eua/eua01.htm
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