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05/07/2011

Albano e as Más Línguas

O dirigente do PS Distrital, José Albano tem andado na ribalta - não pelos melhores motivos - devido a uma série de casos insólitos.
Um deles teve desfecho recentemente com a condenação de Carlos Baía, que enquanto cronista da Rádio Altitude terá proferido declarações que o tribunal considerou ofensivas da honra de José Albano Marques:
O arguido, Carlos Baía, foi condenado a 200 dias de multa, à taxa diária de dez euros e ao pagamento de uma indemnização cível de 2.500 euros ao assistente José Albano Marques, atual presidente da Federação do PS/Guarda e diretor do Centro Distrital de Segurança Social e ex-deputado na Assembleia da República. Os factos remontam a novembro de 2008, quando o arguido, professor de Filosofia, que já exerceu o cargo de vereador (eleito como independente na lista do PS) na Câmara da Guarda entre nas décadas de 1980 e 1990, proferiu uma crónica de opinião na Rádio Altitude com criticas à forma como se desenrolou o processo de eleição de Albano Marques. O Tribunal deu como provado que o arguido «agiu de forma deliberada e consciente» ao proferir, através de um meio de comunicação social, expressões consideradas «ofensivas da honra de qualquer pessoa». 
No final da leitura da sentença o juiz disse ao arguido que na crónica radiofónica que deu origem ao processo, «a determinada altura, passa para o ataque pessoal e isso não se pode fazer». À saída do Tribunal, Carlos Baía disse aos jornalistas que respeita a decisão judicial, embora considere a condenação «absolutamente exagerada». «Em Portugal, a liberdade de opinião fica uns degraus abaixo de outros valores que são importantes», disse, considerando que, face à condenação, «a liberdade de opinião serve para fazer crónicas que não vão além da história da Carochinha». O antigo vereador explicou que «alguns atos políticos, se forem criticados de forma levezinha, como a história da Carochinha, ninguém dá conta». «Os políticos têm de ter a noção que têm de se expor à crítica dos cidadãos e que, por vezes, essa crítica pode ser forte», salientou. Quanto à possibilidade de interpor recurso da decisão judicial, disse que tal dependerá do seu advogado, Pedro Vieira. Já o assistente no processo, José Albano Marques, que esteve na leitura da sentença, declarou que a decisão do Tribunal «acaba por repor a verdade dos factos». «Ao fim de três anos, fica aqui hoje provado que eu tinha razão em me sentir ofendido», afirmou o líder distrital socialista da Guarda. Disse esperar que a condenação «sirva para ficar provado que não se pode dizer mal das pessoas como bem apetece»
In: Destakes


Por outro lado circula em Celorico uma carta anónima - ou nem tanto, já que parece haver ligações ao PSD - que vem também levantar nova série de suspeições em torno da figura da José Albano. Ao que parece este assunto terá até sido levado pela oposição a uma reunião de Câmara, segundo se pode ler nas actas da mesma.
Será este um caso de perseguição política ou de crítica legítima? - sinceramente não sei, mas que José 
Albano agita as águas da política regional, disso não há dúvidas.


No entanto devemos alertar aqui, que - na nossa opinião - o debate público deveria ser orientado para questões verdadeiramente relevantes para a região, tais como a conclusão da requalificação da linha da Beira-Baixa, o futuro da Delphi, a concretização da velha ideia da "estrada verde", entre muitos outros assuntos que poderiam trazer algum benefício à região.


Até as ideias mais descabidas poderiam eventualmente ser mais úteis que a troca de acusações. Há mais de um ano atrás propus aqui que se pensasse numa prova de veículos eléctricos para a Guarda... essa ideia parece agora não ser tão descabida já que há noticia de várias provas do género no estrangeiro.

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