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14/07/2011

Covilhã acusa Castelo Branco de adulterar Censos 2011

Segundo o "Notícias da Covilhã", Carlos Pinto - Pres. da Câmara da Covilhã - levanta várias suspeitas e insinuações relativamente aos números dos censos no Distrito de Castelo Branco. As acusações concretizam-se na suspeita de que os números da população residente/presente no concelho de Castelo Branco teriam sido inflacionados de forma a apresentarem um crescimento populacional naquele concelho.
Chega mesmo ao ponto de afirmar que é do seu conhecimento que alguns autarcas teriam chamado os responsáveis pelos censos ao seu gabinete de maneira a pressiona-los para moldar os resultados de acordo com a sua vontade - ou seja inflacionando-os - tendo para isso utilizado alguns artifícios menos científicos.

A acusação é grave e põe em causa a honorabilidade e competência do INE, uma das instituições mais respeitadas de Portugal.

Na Guarda - ao contrário do último período intercensitário - houve um decréscimo de cerca de mil habitantes, o que corresponderá a cerca de 3% da população do concelho (que vinha de um crescimento de  anterior de 13%). Já na Covilhã o decréscimo populacional tem sido contínuo nos últimos 20 anos - implicando uma enorme responsabilidade política para o executivo camarário - tendo sido este último de mais de 3000 habitantes.

Castelo Branco que vinha de um decréscimo populacional, assiste agora a um pequeno acréscimo, que coloca aquele concelho na posição de único concelho a crescer na Beira interior.

No entanto fala-se já do fecho da linha da Beira-Baixa que liga as três cidades, e que a verificar-se poderá ser uma enorme machadada na região, especialmente nos dois municípios da Beira Baixa que ficariam sem ferrovia...Seria, sem dúvida, altura de haver um movimento cívico e regional pela manutenção daquela linha!

É nos tempos difíceis que sobressaem os grandes líderes... as lamurias não entrarão para a história.


P.S. Não nos parece que tenha havido adulteração de resultados, na realidade parece é ter havido uma transferência de população da Guarda para Castelo Branco.Esta estará relacionada com o fecho da Delphi e consequente transferência de trabalhadores (e suas famílias) para Castelo Branco - onde a empresa ainda labora .
Esse facto certamente terá influído na inversão dos sinais nos acréscimos populacionais nos dois concelhos. Já no caso da Covilhã parece evidente que nem o investimento do Estado Central na UBI tem conseguido travar o processo de desertificação contínuo de décadas.

2 comentários:

Rui Sousa disse...

Parecem os outros que quando perdem dizem que a culpa é do árbitro.

A não ser que isto seja verdade (o que não acredito), o senhor devia ser processado pelo INE...

Quanto à Linha da Beira Baixa, quem percebe um bocadinho de comboios não tem dúvidas sobre a importância na rede deste pequeno troço. Infelizmente do políticos no poder na Guarda ainda não ouvi uma palavra sobre a linha, que pode ser usada como alternativa à A23.

Eu já organizei um protesto contra o encerramento da Linha. Até foi noticia em jornais nacionais, mas só apareceu mais uma pessoa para me apoiar...

Rui Sousa

Spawm disse...

seja como for o problema mantêm-se o interior , e mais especificamente a Beira Alta e beira Baixa não estão a conseguir manter população (já nem falo na Covilhã porque com as politicas que tem implementadas só quem não tem amor ao dinheiro é que se fixa nesse concelho), e com as actuais medidas de isolamento ( vulgo portagens) então é que estes pedaços de terra vão ficar entregue ao fogo e ao mato!
As poucas medidas dinamizadoras de fixação neste concelhos estão a ser fechadas a pouco e pouco (acessos ko, fiscalidade ko, custos de fixação e manutenção cada vez mais ko)


enfim assim vai o interior do pais.